domingo, 18 de dezembro de 2011

Veja dez sugestões para não enlouquecer durante as férias das crianças

  • Quando ociosas, crianças dão trabalho. Crie atividades para ocupá-las e não enlouqueça
Para Dora Lorch, mestre em psicologia pela PUC-SP, o período deve ser bem aproveitado em família. "Temos dois tipos de situações: os pais que estão em casa e os que não estão (que continuam trabalhando) e deixam os filhos sob cuidados de outras pessoas. O importante é planejar e orientar sobre atividades que possam ser feitas de maneira simples e que fazem a alegria da criançada. Convidar um amigo para passar a noite em casa, acampar no próprio quarto ou assar um bolo de chocolate contentam e encantam as crianças", diz Dora.

A psicopedagoga Maria Alice Leite Pinto diz que, assim como os adultos, as crianças também têm necessidade de descansar da rotina, dos afazeres escolares e das atividades do cotidiano. “O ócio também pode ser criativo e saudável. Nas férias, novas experiências podem ser vividas, o que é muito bom para as crianças", diz a especialista. Portanto, navegue pelas abas e veja dez ideias para entreter as crianças com simplicidade e tornar as férias agradáveis para todos:
Se os seus filhos são do tipo que estão acostumados a brincar com bonecos tecnológicos ou videogames, proponha uma novidade mais simples: as brincadeiras que vocês e seus amigos tinham quando eram crianças. Já se esqueceu? Aí vai uma lista delas: amarelinha, dança das cadeiras, queimada, passa anel, rouba-bandeira, pular elástico, pega-pega, taco, mãe da rua, corrida de sacos, corre cotia, cabo de guerra. Veja aqui sugestões de brincadeiras que nunca saem de moda.
brincadeiras antigas
Além de divertidos, esses passatempos ainda "desenvolvem muitas habilidades físicas e mentais, estimulam a imaginação e estreitam o contato socializando mais a criança e a família", segundo a psicopedagoga Maria Alice.

artesanatos

Ocupe as crianças com atividades artesanais. Você pode procurar técnicas para construir brinquedos, fazer dobraduras em papel, pintar objetos de madeira ou gesso. Forre o ambiente que as crianças usarão para a atividade com um plástico grande ou jornais, vista roupas velhas neles e deixe que soltem a criatividade e se sujem. Se você tiver um espaço ao ar livre, melhor ainda. Mônica Loducca, artista plástica que trabalha há mais de 30 anos com atividades para crianças, acredita que, hoje, elas estão muito acostumadas com tecnologia, por isso, é interessante incentivar a criatividade. "Coisas simples como pintar uma caixinha de madeira. Isso já faz com que o dia seja diferente. Sugiro que os pais comecem transformando a embalagem de um achocolatado em pó em um porta-treco, por exemplo. Envolvam a criança em tudo, até na compra dos materiais".

pique niques
A pedagoga Bernadete Wolff Cisz sugere um piquenique para fazer com as crianças ou acampamento. Mas a ideia não é ir para longe ou uma praia deserta. Pode ser um parque, um jardim, o quintal da sua casa ou cômodo qualquer. Isso não importa. As crianças se divertem da mesma maneira. Se não tiver uma barraca, improvise uma tenda com um lençol preso a árvores ou móveis. “Envolva a criança nos preparativos: arrume a bagagem, compre lanchinhos especiais para o momento, decore a cabana... Além disso, leve um joguinho para que os amiguinhos se divirtam.”
Procure passeios divertidos em pontos turísticos da sua cidade. É comum não visitarmos o que está perto e deixar esse tipo de programa só em lugares visitados durante as viagens. Nas férias, faça um roteiro e vá conhecer com seus filhos (ou visitar novamente) lugares como: aquário, museu, parque, zoológico, biblioteca e teatro. Pesquise as opções do seu município no site da prefeitura. Há muitas programações gratuitas ou a preços populares. É bem provável que eles sugiram alternativas que você sequer tinha ouvido falar.
passeios

Se rolar uma viagem em família, melhor ainda. "Novas experiências podem ser muito enriquecedoras. Conhecer novos lugares, outras culturas e hábitos abrem novos horizontes, ensinam que o diferente existe, que aventuras podem ser muito gratificantes e ainda levantam questionamentos e reflexões que ajudam na evolução das crianças", diz a psicopedagoga

cozinhar

A pedagoga Bernadete Wolff Cisz sugere que você convide a criançada para ajudar a preparar delícias na cozinha e aproveite para ensinar um pouco sobre organização da casa. “Deixe a criança escolher o cardápio, participar da compra de ingredientes e organizar a mesa para que curtam juntos a refeição”. Importante: não fique esquentando a cabeça se a mesa está posta da maneira correta ou com pratos e copos perfeitamente combinados. Esqueça as regras. O mais importante aqui é que você esteja de olho para evitar acidentes. Por isso, antes de iniciar essa atividade, retire do local os objetos cortantes, separe o que as crianças podem ter acesso e esteja ao lado delas o tempo todo. Não imagina qual receita preparar?
filmes

Convide alguns amiguinhos do seu filho e organize um cinema bem gostoso: decore a sala com almofadas, faça saquinhos de pipoca decorados, taças com balas e algo para beberem. Cubra a janela da sala com um pano preto, para que o ambiente fique escurinho. Se você não está por dentro do que está em alta entre as crianças, pergunte para elas ou para os consultores das locadoras de DVD. Vale alugar um filme do Harry Potter, por exemplo, e pedir para a criançada pintar gravuras ligadas ao filme, depois de assistir. Peça ajuda para uma outra mãe e organize a tarde de aventuras. Em um dia que você precisar sair e não tem como ficar com as crianças, proponha que outros pais façam essa atividade e leve você as guloseimas.

biblioteca

Que tal organizar um bazar de troca de livros? Se você mora em casa, chame os vizinhos. Se reside em condomínio, fica mais fácil ainda. Basta armar uma banquinha com os que você tem e convidar o maior número de pessoas possível, avisando-os que devem levar os títulos que têm em casa e gostariam de trocar. A contadora de histórias Tecka Mattoso enfatiza a importância dessa prática: “Através da leitura é possível conhecer melhor o seu filho. Além disso, atividades como pontos de encontro através da degustação de leitura e noites literárias com a família e amigos embaixo de cabanas de lençóis são brincadeiras inesquecíveis", diz ela. Com a troca de livros, você leva para casa títulos novos e se desfaz de outros que só estavam ocupando espaço (e sem gastar dinheiro).

jogos

A psicopedagoga Amanda Castanheira indica jogos de mesa ou tabuleiro para entreter as crianças, já que esses momentos reúnem amigos e família na troca de experiências. "Esse tipo de atividade contribui nas relações afetivas, ensina a importância do respeito a regras, ao espaço, à vez do outro e permite educar através desse contato entre pessoas. O jogo tem uma função essencial no crescimento intelectual do indivíduo”, diz ela. Além disso, adultos também se divertem com eles.
exercicios

Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein, afirma que não é preciso muito para interagir com as crianças. “A atividade lúdica, além de prazerosa, sempre tem um caráter exploratório, possibilitando o exercício corporal, o treino do ritmo, harmonia e desenvoltura corporal. A criança se reconhece enquanto agente de seu espaço. Por isso, cante uma música e faça exercícios simples com os pequenos, que estimulam diferentes partes do corpo”. Quer exemplos? Leve-os para caminhar e proponha que andem batendo palmas, de costas, na ponta dos pés ou com as mãos na cabeça. Você pode, também, traçar diferentes linhas no chão e pedir para que as crianças as acompanhem ou marchem no ritmo de alguma música, que vocês podem cantar juntos.

revezamento

Se você tem irmãos com filhos ou amigos de confiança que tenham crianças da mesma idade, proponha um revezamento. Pensem, juntos e com as crianças, em atividades divertidas para serem feitas em grupo e, uma vez por semana, os pais de uma das crianças ficam responsáveis por passar a tarde com a turma. Lembre-se: as crianças ficam inquietas e dão trabalho quando estão entediadas e não podem extravasar a energia que têm. "Essa opção pode ser interessante, dependendo da idade e do temperamento da criança. Se ela já tem o hábito de frequentar a casa dos amiguinhos, poderá vivenciar regras e costumes diferentes e trocar novas experiências", diz a psicopedagoga Maria Alice.

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